Segundo ela, a maioria das pessoas que se queixam de falta de memória, na verdade, apresentam declínio na capacidade de atenção. Curioso, não é?
Thaís é especialista em assuntos ligados à envelhecimento saudável, trabalha muito com a terceira idade, mas as dicas da entrevista serviram direitinho para a repórter… que ainda nem chegou aos 40… Então, com certeza, elas também ajudarão você a melhorar sua capacidade de atenção e, consequentemente, evitar esquecimentos.
2016- Oriente-se no tempo, acompanhando o calendário: parece óbvio, mas quantas vezes não nos perdemos nos dias da semana e do mês? De acordo com a especialista, valorizar a questão temporal é importante para liberar a mente. Pegue o calendário, circule o dia que vai começar e, ao anoitecer, risque-o.
- Organize-se: Utilize pistas externas no ambiente, colocando lembretes. Divida sua rotina por horários e compromissos. Divida suas tarefas em categorias: casa, trabalho, compras, estudos, etc.. Antes de ir ao supermercado, por exemplo, leve a lista dividida em produtos de limpeza, alimentos, etc). Anote na agenda compromissos médicos (ginecologista, geriatra, oftalmologista…).
- Otimize sua capacidade pessoal: crie estratégias de memória interna. Preste atenção nas informações que recebe, repita-as na mente e por escrito. Faça rimas para decorar e imagine-se executando as tarefas da agenda. Isto se chama técnica de imagem mental (mentalize). Elabore listas de tarefas, com metas curtas.
Quanto mais organizado estiver o seu dia, maior será sua capacidade de prestar atenção e, consequentemente, de memorizar.
Segundo Thais Bento Lima, a queixa da maioria das pessoas que procuram a ginástica cerebral está relacionada à memória, mas no diagnóstico verificamos que o problema maior está na atenção. Em geral, são pessoas distraídas, sobrecarregadas e ansiosas. Isto gera um processo de memorização mais trabalhoso.
O intuito da ginástica cerebral é justamente este, diz a especialista, de mostrar que podemos realizar atividades de forma mais eficiente quando fazemos em menor quantidade, respeitando nossa capacidade cognitiva, principalmente quando chegamos à terceira idade.
Por Letícia Maciel